Basicamente o que desenvolvo em meu livro é um modelo de entendimento e tratamento “todos os níveis, todos os quadrantes” para a dependência química.
No aspecto “todos os níveis” critico o modelo de causação descendente preconizado pela maioria dos tratamentos, onde a causa da doença começaria no nível espiritual ou emocional e desceria até o nível físico, explicando que o que acontece é justamente o contrário.
Ou seja, temos uma doença fisiológica, mais precisamente uma predisposição genética que é o fator causal primordial para que a doença se desenvolva em direção aos níveis acima: emocional, mental, espiritual. Daí temos uma série de comprovações científicas ao nosso favor.
No aspecto “todos os quadrantes” critico o modelo preconizado pela OMS onde tenta-se explicar a causa da dependência química como sendo biopsicossocial, sem dar primazia a qualquer uma dessas dimensões.
Da mesma forma tento explicar que a dimensão (ou quadrante) bio-comportamental deve ser visto como a dimensão causadora principal. Mais uma vez, por uma série de comprovações científicas ao nosso favor.
Essa critica integral é uma critica direta ao modelo “new age” onde toda doença deve necessariamente começar no nível espiritual ou emocional, mesmo com tantas comprovações contrárias.
E ao modelo da OMS que não consegue fazer a diferenciação-integração corretas ao trabalhar com as dimensões dos quadrantes desejando uma nivelação causal de todas as dimensões seguindo os princípios da relatividade “new age”.
Ou seja, o modelo atual descarta as comprovações científicas que atestam a etiologia física da doença por uma visão “new age” de causação descendente e relatividade das dimensões biopsicossocial.
E as conseqüência disso são atrozes, primeiro porque elevam a culpabilidade da doença ao próprio doente ao inverterem a causação da doença (de ascendente para descendente).
Segundo, porque não encontrando a dimensão principal para a causa da doença - ao adotarmos o conceito “new age” de doença biopsicossocial - ficamos perdidos em como compreendê-la e tratá-la. Repare que não significa descartar as outras dimensões, mas simplesmente encontrar qual seria a principal.
A visão integral, portanto resgata os conceitos científicos descartados pela visão “new age”, ao mesmo tempo que a integra numa visão que traz maior abrangência e profundidade.
Translated text in Google Translate:
Chemical dependency - an integral view
Basically, what I develop in my book is a model of “all levels, all quadrants” understanding and treatment for chemical dependency.
In the “all levels” aspect, I criticize the downward causation model advocated by most treatments, where the cause of the disease would begin at the spiritual or emotional level and descend to the physical level, explaining that what occurs is exactly the opposite.
That is, we have a physiological disease, more precisely a genetic predisposition that is the primary causal factor for the disease to develop toward the above levels: emotional, mental, spiritual. From there, we have a series of scientific evidence in our favor.
In the “all quadrants” aspect, I criticize the model advocated by WHO, which attempts to explain the cause of chemical dependence as being biopsychosocial, without giving primacy to any of these dimensions.
In the same way, I try to explain that the bio-behavioral dimension (or quadrant) should be seen as the main causative dimension. Again, by a series of scientific evidence in our favor.
This integral critique is a direct criticism of the “new age” model, in which every disease must necessarily begin on the spiritual or emotional level, even with so much evidence to the contrary.
It is the WHO model that fails to make the integration of correct differentiation by working with the dimensions of the quadrants, desiring a causal leveling of all dimensions following the principles of “new age” relativity.
That is, the current model discards the scientific evidence attesting to the physical etiology of the disease by a “new age” view of downward causation and relativity of the biopsychosocial dimensions.
And the consequences of this are atrocious, first because they elevate the culpability of the disease to the patient himself, reversing the cause of illness (from ascending to descending).
Second, because we do not find the main dimension of the cause of disease - adopting the concept of biopsychosocial disease of the “new age” - we are lost in how we understand and treat it. Note that this does not mean discarding the other dimensions, but simply finding out which one would be the main one.
The integral vision, therefore, rescues the scientific concepts discarded by the vision of the “new era”, integrating it in a vision that brings greater breadth and depth.